segunda-feira, 7 de novembro de 2011

EXORBITÂNCIAS, DISCREPÂNCIAS e DESARMONIAS nº3

A caminho com Maiakovski

(Bertolt Brecht)

Na primeira noite, eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim: não dizemos nada.
Na segunda, já não se escondem. Pisam as flores, matam o nosso cão e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

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