quarta-feira, 8 de setembro de 2010

COMISSÃO QUER GARANTIR REAJUSTE PARA DOCENTES DA UENF

Da página da Alerj:

A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) vai intermediar um encontro entre representantes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e a presidência da Alerj para que seja discutida a possibilidade de uso de uma emenda de R$ 10 milhões, que aprovada pela Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Estaduais da Casa e que seriam destinados à instituição, mas não foram utilizados pelo Executivo, que fez um contingenciamento de despesa. A iniciativa foi anunciada nesta quarta-feira (08/09), durante audiência pública da comissão que discutiu a greve de professores e funcionários da universidade, em curso desde o dia 16 de agosto. De acordo com o presidente da comissão, deputado Comte Bittencourt (PPS), como o orçamento é autorizativo, o Governo remaneja os recursos como desejar. “Vamos tentar, mais uma vez, que essa emenda, que foi cancelada e seria justamente destinada a recomposição de parte da perda salarial dos professores, seja utilizada em favor da universidade”, afirmou o parlamentar.

De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da Uenf (Aduenf), Marcos Pedlowski, a greve foi motivada por uma série de equívocos cometidos pelo Governo do estado. “O primeiro foi não tratar com as representações sindicais a questão da reposição das perdas salariais, que nós temos acumuladas nos últimos dez anos. Ao longo dos últimos três anos nós tentamos abrir essas negociações, mas não conseguimos e isso foi agravado com a mensagem que foi enviada pelo Governo concedendo 22% de reposição apenas para os nossos funcionários de apoio. Isso é complicado, porque nós temos apenas um plano de cargos. Sendo assim, este aumento criou um problema grave na estrutura acadêmica da instituição”, explicou Pedlowski.

Ainda de acordo com o presidente da associação, se a emenda de R$ 10 milhões for liberada imediatamente, a greve poderá ser suspensa. “Nós queremos que esse dinheiro seja retornado para a Uenf para que ele cumpra sua finalidade, que é conceder uma reposição emergencial para os professores. Outra questão é a garantia da proposta orçamentária da instituição para o ano de 2011, que engloba uma reposição das perdas salariais em 49%. Também queremos que seja feita uma discussão sobre o percentual que o regime de dedicação exclusiva representaria em nosso salário”, disse. Segundo o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Luiz Edmundo Horta, a questão orçamentária fica a cargo da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). “Essa decisão não é uma coisa automática, não é porque há recursos que o critério muda. O critério da Seplag foi baseado em uma comparação com a Uerj. O resultado considerou os salários como compatíveis. Então não é a questão de ter mais ou menos orçamento que vai mudar o critério estabelecido. Uma coisa é critério, outra é ter recursos”, explicou o secretário.

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