O governador Sérgio Cabral será o foco principal da greve dos serventuários do TJRJ a partir de agora. Essa foi a decisão da Assembleia da categoria realizada nesta quinta, dia 11, que aprovou ainda a continuidade da paralisação até que os 24% estejam nos contracheques de todos
Nem a chuva e o frio conseguiram impedir que os serventuários fizessem mais uma grande Assembleia, desta vez com a participação de aproximadamente mil pessoas. Ali, reunidos, os servidores aprovaram, por imensa maioria, a continuidade da greve, que entra hoje em seu 25٥ dia.
A paralisação, que se fortalece mais a cada dia, ganhando novas adesões, vai entrar num novo momento. Como o presidente do TJRJ, desembargador Luiz Zveiter, mantém seu radicalismo, condicionando a abertura de diálogo com a categoria à suspensão do movimento — sem oferecer, porém, qualquer garantia quanto ao pagamento dos 24% para todos — a greve também vai pra cima do governador.
O foco principal não poderia ser outro. Afinal, é o Executivo que se nega a cumprir a decisão judicial da 3ª Vara de Fazenda Pública, do último dia 3 de agosto, que determina o pagamento do passivo aos autores da ação. O papel da Administração do TJRJ, incluindo aí o seu ataque ao constitucional direito de greve, foi o de ‘blindar’ Cabral, livrando-o do desgaste junto à opinião pública.
Mas o ‘sossego’ do governador está com os dias contados. Ele vai ter que cumprir a sentença, transitada em julgado após 23 anos de batalhas judiciais. Se a cúpula do Judiciário se nega a fazê-lo cumprir, serão os seus serventuários que dirão ao chefe do Executivo que a Justiça tem que ser feita!
Vamos todos juntos nessa luta. Cabe a cada grevista convencer os que, por insegurança, ainda não aderiram que não há outra alternativa. Caso contrário, perderão o ‘bonde da História’, abrindo mão do que é seu por direito. A categoria volta a se reunir em Assembleia Geral na próxima quarta-feira, dia 17, no Largo do Machado. A concentração começa às 14h.
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