Geo-Sentimento, Sócio-Sentimento e o Festival das Cores.
Todos nós temos sempre um sentimento grupal e espacial. Estamos sempre voltados para guardar o nosso espaço e defender as efêmeras bandeiras das instituições que criamos em nossas mentes e divulgamos para o próximo. A bandeira do país, a bandeira da cultura, a bandeira do time esportivo, a bandeira da religião, as bandeiras destas ou daquelas instituições...
Estes desejos sempre crescentes de limitar-nos ao “nosso espaço” e ao “nosso grupo social” é o que chama-se respectivamente de geo-sentimento e sócio-sentimento (Prabhat Rainjan Sarkar – “Neo-Humanismo”). Sentimentos estes que nascem de uma “bengala” psicológica, a necessidade de pertencer a, de estar incluso em, de interagir com...
Aparentemente são decisões, ações e desejos que estão ligados a formação de determinada tendência pessoal e que interfere apenas nos destinos daqueles que escolhem seguir os ditames da sua instituição. Se olharmos com um pouco mais de atenção as atitudes, as ações e as atividades que surgem do geo-sentimento e sócio-sentimento, podemos ver que seu “alcance" vai muito além do um círculo de desejo pessoal pré-determinado. Para os seres de toda a natureza, a característica de se agrupar em um determinado período ou até por toda vida é muito natural. Devemos ficar atentos a atitude de agruparmos por influência do meio, da cultura ou da tradição.
Vejamos o geo e sócio-sentimento relativo as touradas que ocorrem em Portugal, Espanha, França, México, Colômbia, Peru, Venezuela e Guatemala, onde a tauromaquia nada mais é do que o desejo pela tradição de subjugar e aniquilar um animal através de habilidades técnicas, caracterizando a humilhação pelo especismo.
Se um determinado atleta pertence ao time esportivo de determinada preferência, ele pode despontar como uma referência, um ídolo, mas se depois este mesmo atleta decide transferir-se para outro time esportivo, então ele será convertido de ídolo para rival daquela preferência. Passamos dos Geo-Sentimentos e Sócio-Sentimentos mais grosseiros, como os citados anteriormente, para os mais sutis como as instituições religiosas. Neste caso a mente e o ego humano centram-se no referencial relativo da “verdade” e os elos que atam o sócio-sentimento são extremamente sutis e fortes, pois a egrégora parece ser intransponível para muitos que muitas vezes são subjugados pela “verdade” dogmática dita “divina” e inquestionável. Estes sentimentos, principalmente os mais sutis, podem aprisionar o ser por vidas e impedem o crescimento da consciência, o crescimento da conexão devocional.
Em 1486 apareceu em Bengala, Índia, sri Caitanya, conhecido também como Mahaprabhu (que significa “o grande Mestre”). Mahaprabhu levou para a região mais populosa do planeta, Bengala na Índia (ultrapassa os 900 habitantes/km²), um festival conhecido em toda Índia como Holi “O Festival da Cores”, mas que, na Bengala, Mahaprabhu o chamou de “O Dolyatra de Shrii Krishna”. Trata-se de um festival que ocorre na primavera, quando as pessoas vão às ruas para, numa maravilhosa brincadeira de pó colorido, pintarem umas as outras, arremessarem suas cores umas nas outras, abraçarem-se e desejarem-se muita luz e felicidade. A idéia é que, neste festival, onde as cores representam os sentimentos efêmeros, mentais e ilusórios, das diferenças e divergências, nas misturas destas cores todos se tornarem mais parecidos uns com os outros, com cores indefinidas. Todos se tornam espiritualmente incolores e unidos num único propósito.
Mentalmente esta atitude externa da mistura deste pó colorido nos traz o sentimento interno psíquico de comunhão, o pó representa a diferença e falhas. Em nossas vidas trazemos muita poeira que, com o sentimento de comunhão, equanimidade, aceitação e também com uma constante e determinada prática diária, nos tornaremos limpos e transparentes.
Pense sobre isto ...
Render-se a Deus:
“Que cada ato da minha vontade seja impregnado com Tua vitalidade divina. Ornamenta com Tua graça todos os meus conceitos, expressões e ambições. Ó Divino Escultor, cinzela a minha vida segundo o Teu desígnio!” Paramahansa Yogananda, "Sussurros da Eternidade"
Todos nós temos sempre um sentimento grupal e espacial. Estamos sempre voltados para guardar o nosso espaço e defender as efêmeras bandeiras das instituições que criamos em nossas mentes e divulgamos para o próximo. A bandeira do país, a bandeira da cultura, a bandeira do time esportivo, a bandeira da religião, as bandeiras destas ou daquelas instituições...
Estes desejos sempre crescentes de limitar-nos ao “nosso espaço” e ao “nosso grupo social” é o que chama-se respectivamente de geo-sentimento e sócio-sentimento (Prabhat Rainjan Sarkar – “Neo-Humanismo”). Sentimentos estes que nascem de uma “bengala” psicológica, a necessidade de pertencer a, de estar incluso em, de interagir com...
Aparentemente são decisões, ações e desejos que estão ligados a formação de determinada tendência pessoal e que interfere apenas nos destinos daqueles que escolhem seguir os ditames da sua instituição. Se olharmos com um pouco mais de atenção as atitudes, as ações e as atividades que surgem do geo-sentimento e sócio-sentimento, podemos ver que seu “alcance" vai muito além do um círculo de desejo pessoal pré-determinado. Para os seres de toda a natureza, a característica de se agrupar em um determinado período ou até por toda vida é muito natural. Devemos ficar atentos a atitude de agruparmos por influência do meio, da cultura ou da tradição.
Vejamos o geo e sócio-sentimento relativo as touradas que ocorrem em Portugal, Espanha, França, México, Colômbia, Peru, Venezuela e Guatemala, onde a tauromaquia nada mais é do que o desejo pela tradição de subjugar e aniquilar um animal através de habilidades técnicas, caracterizando a humilhação pelo especismo.
Se um determinado atleta pertence ao time esportivo de determinada preferência, ele pode despontar como uma referência, um ídolo, mas se depois este mesmo atleta decide transferir-se para outro time esportivo, então ele será convertido de ídolo para rival daquela preferência. Passamos dos Geo-Sentimentos e Sócio-Sentimentos mais grosseiros, como os citados anteriormente, para os mais sutis como as instituições religiosas. Neste caso a mente e o ego humano centram-se no referencial relativo da “verdade” e os elos que atam o sócio-sentimento são extremamente sutis e fortes, pois a egrégora parece ser intransponível para muitos que muitas vezes são subjugados pela “verdade” dogmática dita “divina” e inquestionável. Estes sentimentos, principalmente os mais sutis, podem aprisionar o ser por vidas e impedem o crescimento da consciência, o crescimento da conexão devocional.
Em 1486 apareceu em Bengala, Índia, sri Caitanya, conhecido também como Mahaprabhu (que significa “o grande Mestre”). Mahaprabhu levou para a região mais populosa do planeta, Bengala na Índia (ultrapassa os 900 habitantes/km²), um festival conhecido em toda Índia como Holi “O Festival da Cores”, mas que, na Bengala, Mahaprabhu o chamou de “O Dolyatra de Shrii Krishna”. Trata-se de um festival que ocorre na primavera, quando as pessoas vão às ruas para, numa maravilhosa brincadeira de pó colorido, pintarem umas as outras, arremessarem suas cores umas nas outras, abraçarem-se e desejarem-se muita luz e felicidade. A idéia é que, neste festival, onde as cores representam os sentimentos efêmeros, mentais e ilusórios, das diferenças e divergências, nas misturas destas cores todos se tornarem mais parecidos uns com os outros, com cores indefinidas. Todos se tornam espiritualmente incolores e unidos num único propósito.
Mentalmente esta atitude externa da mistura deste pó colorido nos traz o sentimento interno psíquico de comunhão, o pó representa a diferença e falhas. Em nossas vidas trazemos muita poeira que, com o sentimento de comunhão, equanimidade, aceitação e também com uma constante e determinada prática diária, nos tornaremos limpos e transparentes.
Pense sobre isto ...
Render-se a Deus:
“Que cada ato da minha vontade seja impregnado com Tua vitalidade divina. Ornamenta com Tua graça todos os meus conceitos, expressões e ambições. Ó Divino Escultor, cinzela a minha vida segundo o Teu desígnio!” Paramahansa Yogananda, "Sussurros da Eternidade"
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