Liberdade e Felicidade – Um dos aspectos.
Podemos dizer que o século XlX foi o século mais marcante dos acontecimentos científicos que geraram o pensamento científico ocidental, com algumas distinções da visão oriental, tal qual conhecemos nos dias atuais. Seguindo o sentimento da época, após a criação da ‘Sociedade Literária e Filosófica de Manchester’, a ‘Sociedade Filosófica de Edimburgo’, entre outras instituições ‘independentes’, foi fundada em 1831 a ‘Associação Britânica para o Progresso da Ciência’ e, nove anos depois, se registrou a expressão ‘cientista’. Consagrando-se o irreversível pensamento científico, em 1859 com a publicação do livro Origem das espécies (do cientista evolucionista Charles Darwin), a racionalização do trabalho de pesquisa, a Revolução Francesa, as subsequentes descobertas...
Todos nós precisamos e gostamos muito da evolução científica e da tecnologia que amplia um pouco mais nossos conhecimentos, explica-nos melhor os fenômenos materiais e nos traz melhores facilidades e confortos nas relações com as coisas matérias. Até então, estaria tudo fluindo perfeitamente bem se não fosse uma das relações inerente na sociedade humana: de Rei e súdito, Mandante e mandado, Chefe e chefiado, Líder e liderado, Patrão e empregado, ... São relações onde existe a figura daqueles que detêm o poder físico ou psíquico sobre aquele que executará suas ordens seja por conveniência (quando consciente do que faz), incapacidade...
Surge então a pergunta: - E a nossa ciência está a serviço de quem?
Logo após a 2º guerra mundial, os EUA precisariam modificar sua economia de guerra em economia superaquecida no período de paz. Foi quando surgiu o ‘célebre’ pensamento seria tatuado no cérebro do sistema capitalista: "Nossa economia, enormemente produtiva, demanda que transformemos o consumo em estilo de vida. Devemos converter a compra e uso de bens em rituais que iremos buscar para nossa satisfação espiritual, a satisfação do nosso ego, em consumo... Precisamos que coisas sejam consumidas, repostas, descartadas, em ritmo cada vez mais elevado." Do analista de vendas Victor Lebow (Annie Leonard The Story of Stuff). Esta teoria de Lebow levando a obsolescência técnica ou funcional natural das coisas (quando coisas obsoletas dão lugar as mais eficientes) a obsolescência planejada (planejar ou forçar que as coisas fiquem obsoletas) e obsolescência perceptiva (o sentimento que não deve usar mais as coisas, mesmo que elas ainda funcionem eficientemente) tornando-se assim a máxima do capitalismo.
O fato é que estas sequências de acontecimentos planejados levaram toda a sociedade contemporânea a uma realidade de consumismo desenfreado, ‘incendiando’ nos corações de todos, entre outros, o sentimento do especismo (desrespeito de valores, hábitos e direitos de vida de outras espécies) e deixando um futuro cada vez mais incerto para os nossos descendentes, pelo fato de comprometermos todo o delicado Eco-sistema da nossa própria casa, o planeta Terra.
A idéia de Lebow de que “Devemos converter a compra e uso de bens em rituais que iremos buscar para nossa satisfação espiritual, a satisfação do nosso ego, em consumo...” conseguiu de fato nos fazer mais felizes? Somos Livres ou acomodados e escravos do sistema vigente? Estamos nos transformando em Seres mais felizes com esta prática ou mais egoístas, sem nos preocuparmos sequer com o futuro dos nossos próprios filhos? O nosso ‘Rei’ ‘As Corporações’ nos faz livres e felizes?
Pense sobre isto...
Liberdade
Tome a resolução de que não será mais afetado pelos problemas, não será mais tão meticuloso, não será mais vítima de hábitos e humores; assim, você será livre como uma cotovia. Paramahansa Yogananda, "Self-Realization Magazine"
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