terça-feira, 18 de agosto de 2009

Degradação Ambiental no Morro do Itaoca


A extração de pedras no morro do Itaoca, para o Porto do Açu, está em estágio avançado. Além de um canteiro de obras, no pé do morro, a área com pedras já preparadas alcança uma superfície superior a um hectare. Estão também reparando as estradas já existentes e construindo novos acessos, para a logística do transporte de pedras do morro até a Br101.

Apesar da empresa LLX LOG possuir “Autorização para supressão de vegetação nativa e de formação secundária, no morro de Itaoca - Fazendas Itaoca e Serrinha Ibitipoca, município de Campos dos Goytacazes”, gostaria de saber quando as autoridades municipais (ou estaduais ou federais) irão transformar aquela região em um parque ecológico de proteção permanente?

A degradação do local começou com as usinas que desmataram a região para plantar cana. Ainda hoje, esse tipo de destruição ambiental continua. Basta uma simples visita da polícia florestal ou Ibama na segunda rampa de vôo livre para constatar o avanço da cultura para a mata e uma área sendo desmatada!

A outra forma de destruição do local é a extração de pedras. Havia a pedreira de Alair Ferreia e outras pequenas áreas para extração de paralepípedos. Agora chegou a LLX.

Sem falar na poluição causada por visitantes irresponsáveis que se alimentam e deixam seus restos pelo caminho, na vegetação (plástico, latas, garrafas,...).

Ao invés de perder tempo com distribuição de títulos de “cidadão campista” ou outras bobagens do gênero, nossos edis poderiam criar uma lei para proteger o local. Primeiro, demarcar, afinal, qual sua verdadeira área? Depois, policiar e normatizar a entrada de pessoas.

A área do “Morro do Rato”, como popularmente é conhecido o Itaoca, vem diminuindo e novas agressões estão acontecendo a luz do dia.

O que a sociedade está esperando para tomar uma atitude? Precisamos cobrar das autoridades públicas já!

Um comentário:

Anônimo disse...

IEF/RJ finaliza estudos para ampliação do Parque Estadual do Desengano






O Instituto Estadual de Florestas (IEF/RJ) está finalizando os estudos para a ampliação do Parque Estadual do Desengano. Além de um núcleo com 800 hectares no Morro da Itaoca, em Campos, o órgão analisa também a inclusão das áreas úmidas próximas à Lagoa de Cima, no mesmo município, e a chamada Pedra Dubois, um dos símbolos de Santa Maria Madalena, onde está situada a sede do parque.

O presidente do IEF/RJ, André Ilha, informou que a ampliação da área do parque, que atualmente tem 22,4 mil hectares e é a primeira unidade de conservação do gênero no estado, criada em 1970, será acompanhada por outras medidas, como a implantação de um destacamento com Guarda-Parques, no próximo ano.

- Além disso, o Plano de Manejo do parque será revisto para que permita os esportes de aventura e o e o turismo ecológico em seus limites, o que é um justo anseio da população de Santa Maria Madalena – disse André Ilha.

O novo núcleo vai proteger o Maciço da Itaoca, uma ramificação da Serra do Mar constituída por sete picos com alta biodiversidade. Na região, além de uma fauna variada, que inclui preguiças, cachorros-do-mato, capivaras, macacos-prego e pacas, há espécies raras e endêmicas de vegetação de Mata Atlântica. Entre elas contam-se as bromélias Alcantharea sp e Pitcarnia sp e a violeta Sinningia pusilla.

O presidente do IEF/RJ explicou que tanto a nova lavra da MMX Mineração, que se encontra em fase de licenciamento, como as três outras empresas mineradoras que operam no local e que entrarão em processo de desativação gradual fiscalizada pela Feema, vão contribuir para a implantação do Núcleo Itaoca do Parque Estadual do Desengano.

- Além de passar a contar com uma fiscalização mais efetiva do IEF/RJ, o núcleo vai servir de base para atividades esportivas, como caminhadas, escaladas e, principalmente, o vôo livre, uma vez que já existe uma rampa de decolagem precária no local. E será também importante para a comunidade científica, já que aquela área constitui uma verdadeira ilha de biodiversidade em meio a uma região bastante alterada por atividades agropecuárias – afirmou André Ilha.

A ampliação do parque não beneficia somente o meio ambiente, mas também os municípios onde ocorrerá, devido ao reforço de caixa proporcionado pela Lei do ICMS Verde, que destina mais recursos deste tributo para os municípios que contam com unidades de conservação em seus territórios.

Por: IEF