Pesquisa recente da Webometrics Ranking of World Universities, que colocou a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) como a melhor universidade estadual do Norte-Nordeste e a Universidade de São Paulo (USP) como a melhor do país, no levantamento dos acessos aos conteúdos disponibilizados pelas instituições de ensino superior na internet, aponta outro aspecto importante: tanto a UEPB como a USP são universidades estaduais com autonomia financeira.
Uma leitura interpretativa dos dados apresentados no ranking leva a concluir que a autonomia financeira tem proporcionado uma melhor qualidade dos serviços oferecidos por estas instituições nas áreas do ensino, pesquisa e extensão. Nesse sentido, destaca-se o fato de tanto a USP como a UEPB terem evoluído consideravelmente graças a conquista, de forma definitiva, da autonomia financeira. O segundo lugar nacional também ficou com uma universidade estadual financeiramente autônoma, a UNICAMP.
Com isso, percebe-se que a autonomia das instituições foi e tem sido de fundamental importância para o crescimento das universidades, levando-as a obter destaque nos cenários educacionais brasileiro e internacional. Os índices da pesquisa, que colocam USP, UNICAMP e UEPB em posições extremamente positivas, são uma constatação desse crescimento e fortalecimento, uma vez que, com a autonomia, a Universidade passou a direcionar suas ações, com os devidos recursos financeiros, para desenvolver iniciativas nas áreas do ensino, da pesquisa e da extensão com muito mais qualidade.
Para a reitora da UEPB, professora Marlene Alves, a autonomia foi o instrumento que permitiu consolidar, definitivamente, a Universidade Estadual da Paraíba e deu agilidade aos seus investimentos. Por isso, a Universidade vive em permanente processo de evolução.
Desde que a Instituição se tornou autônoma, passou a ter maiores condições de contribuir decisivamente para as soluções de inúmeros problemas educacionais da Paraíba, ampliando vagas, expandindo para várias regiões do Estado, criando novos cursos, novos campi, oferecendo ensino gratuito e de qualidade para a população de praticamente todas as regiões paraibanas.
Além disso, passou a ter meios de definir uma política de cotas sociais e oferecer apoio permanente aos estudantes, com bolsas de monitoria, bolsas de extensão, bolsas de iniciação científica, bolsa alimentação, residência universitária, restaurante universitário. Da mesma forma, incentivou a capacitação docente, criou programa próprio de fomento à pesquisa, implantou quase uma dezena de novos cursos de mestrado e vários doutorados interinstitucionais, instituiu os Planos de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) de professores e servidores técnico-administrativos, entre várias outras ações.
Mesmo já tendo crescido tanto, a Universidade Estadual da Paraíba, autônoma, tem um horizonte de desenvolvimento pela frente e continua trabalhando com empenho para progredir cada vez mais e ser uma Instituição ainda melhor, em prol do crescimento dos paraibanos, da Paraíba e do Brasil.
Muitas melhorias estão em andamento, como a construção de uma Central de Aulas com mais de 150 salas no campus I, a preparação para a alocação definitiva dos campi de João Pessoa, Patos e Monteiro, novos laboratórios, ampliação, atualização e modernização de equipamentos, aumento e melhoria do acervo bibliográfico, acesso universalizado à internet, infraestrutura melhorada para todos os campi.
Por fim, não menos importante, vale destacar regularidade no repasse dos recursos e pagamentos de salários, que têm dado a necessária tranquilidade institucional, permitindo, assim, a continuidade dos trabalhos de forma ininterrupta por mais de oito anos, o maior período desde a estadualização, em 1987.
Tatiana Brandão
4 comentários:
O jovem para sair a rua sozinho tem que primeiro passar segurança para os pais...assim é como a autonomia financeira, a UENF tem que passar confiança para a sociedade, isso no mínimo, só para comparar, a UERJ tem quase tudo normatizado e regulamentado já a UENF praticamente não tem regulamentação, no mais quase tudo é feito por analogia da lei, quando não é derespeitado discaradamente, exemplo segurança do trabalho.
Com uma reitoria submissa,
jamais teremos autonomia!
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Autonomia não se ganha com facilidade, é uma luta, complexa, difícil, elaborada, só conseguiremos quando a ADUENF e professores da UENF se organizarem para lutar por esta causa!
A ADUENF tem sido fraca nos últimos anos. Tão fraca estrategicamente que promoveu uma greve longa para, no final, receberem os 22% de reajuste salarial.
O professorado já não é mais visto pela sociedade como algo intocável, pessoas excelentes, como antigamente.
Penso que a ADUENF fez sua parte,
por outro lado, a reitoria,
"mijou fora do pinico",
fazendo apologia a Cabral e sua turma.
Aceitaram apenas 22%, e deixaram a ADUENF numa situação complicada!
Agora, esperamos que o novo reitor
atue de forma mais inteligente,
alias, inteligência é o que mais faltou a atual administração.
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