Respondendo a um comentário em postagem anterior:
Douglas
Considero muito importante a preocupação e a atenção da sociedade com o uso de verba pública em instituições públicas.
Em nossa universidade cometem-se alguns erros muito graves já algum tempo: primeiro, priorizaram-se obras em detrimento a reposição de perdas salariais dos servidores (os docentes ainda não receberam a primeira parcela dos 22%) e a contratação de técnicos por concurso; segundamente, a reitoria demora a responder ou simplesmente ignora acusações graves que semanalmente são feitas sobre gastos em obras ou aquisição de material. Até situações pitorescas (para não falar outra coisa) como o caso das placas no carro não foram bem explicadas. O Restaurante Universitário parou novamente e Deus sabe quando será concluído! A contratação de caros palestrantes também não dá para engolir!
A comunidade universitária e a sociedade precisam de respostas claras e rápidas para todas as questões levantadas.
Por outro lado, a universidade possui mecanismos de poder de decisão, como o Conselho Universitário-Consuni, que poderia questionar e tentar esclarecer todas essas acusações, pois nele participam representantes dos docentes (maioria), técnicos e alunos. Considero que o Consuni foi pouco incisivo nessas cobranças. E olha que lá existem diversos opositores da atual Reitoria! Mas, pelo que ficamos sabendo, aparentemente, nada "se descobriu" sobre tudo que se falou. Sei de ações no MP Estadual, mas parece que ainda nada foi julgado.
Não estou aqui para ser advogado de ninguém e entendo que qualquer ação que envolva dinheiro do povo precisa ser executada dentro de princípios e devidamente fiscalizada e, se alguém cometeu algum crime, que pague!
Mas..., com toda sinceridade..., pelo menos uma verdade nessas seguidas ondas de denuncia é a vontade de alguns indivíduos do Reino Encantado das Estátuas Fálicas em igualar todos na mesma "lama". Começou com o IFF e por último a UENF (te cuida UFF!). É recorrente! Constantemente as duas instituições educacionais públicas são atacadas e achincalhadas.
Trazer para o lixão da imundície local instituições sérias que podem (se quiserem um dia!) verdadeiramente serem questionadoras da situação local e propor alternativas concretas para a sociedade, é uma forma de manter o controle sobre o poder no município e na região, onde as práticas de controle do poder se assemelham.
Infelizmente, analisando-se o “currículo” das figuras que constantemente soltam as m...das no ventilador, acabamos por não levar a muito a sério tais acusações.
Bom, em julho haverá uma nova gestão na reitoria da Uenf. Esperamos que até lá a atual Reitoria, o Consuni, e o MP se pronunciem e esclareçam a todos onde está a verdade em todos esses fatos denunciados.
5 comentários:
É!!! Até quando vamos ficar nessa por espera de dias melhores??????????Enquanto isso nos afundamos nas dividas para tentar manter nossos filhos em boa escola e ter plano de saúde e uma boa alimentação. Lazer? Já não sabemos o que isso!!!!! 10 anos sem reposição nem aguenta. Há esperança??????? Descaso total da reitoria e governo com os funcionários da UENF.
Caro blogueiro,
Grato pela atenção ao meu comentário.
Veja que no meu texto, não faço menção a conjuntura interna da UENF, embora, como você destacou, haja uma pauta para ser encarada pelo "controle", o que, estranhamente, não acontece.
Compartilho com você a preocupação em evitar o neoudenismo denuncista que nivela todos.
Por isso, meu comentário chama a atenção para o único controle possível, o controle político, ou seja, não podemos acreditar em uma instância que se dedique a "controlar" o uso do dinheiro público, sem ao menos questionar a legitimidade das escolhas para essa aplicação. É como "enxugar gelo".
É o caso de SJB, por exemplo: Não posso afirmar que os procedimentos de concessão de milhões de reais como subsídios ao mega-empresário sejam desonestos, mas o problema é anterior, ou seja, debater com a sociedade a conveniência de se usar dinheiro público para alimentar empreendimentos dessa natureza. O "controle" sequer se aventura nesse sentido (sabe-se lá porquê), e fica a discutir os "impactos", como se funcionasse como "consultoria" para o mega-investidor.
Sem mencionar nos danos a Democracia que esses investidores provocam com as "contribuições de campanha", que desequilibram as disputas, mas que depois voltam na forma desses subsídios.
A idéia do controle pretendida por esses senhores é, na minha opinião, perdoe a franqueza, um embuste calcado na desonestidade intelectual, porque é seletivo e não tem utilidade nenhuma, sequer pedagógica.
Eu costumo dizer que boas intenções não bastam, pois delas o inferno está cheio.
Um abraço, e mais uma vez pela oportunidade de um ótimo debate.
Concordo, descordando de vc. Se as instituições´PÚBLICAS de ensino e pesquisa estão sendo alvo de ataques, é porque uma minoria, que não alunos, servidores e professores,que estão no poder fazem M. Poderíamos culpar toda a UNB pelos descalabros daquele reitor "bandido"? O que choca na verdade e que de onde a sociedade espera uma postura ilibada, exemplar, ética, pois condições sócio-econômica eles tiveram, só vem hipocrisia, falso moralismo, egocentrísmo e a tão famigerada "boquinha". Assim, toda a esperança em um país melhor para todos , vai por ralo abaixo.
Que venham várias "revistinhas" e que os "homens de bem" prevaleçam!
A reitoria tem que se explicar. Até porque as denúncias estão aí, publicadas em revista. Com a palavra o atual reitor.
PS: QUEM CALA CONSENTE ?
O que dizer desta reportagem? Não foi nem a "revistinha" que divulgou...
O ex-reitor da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Ruben Eugen Becker, foi ouvido e indiciado na manhã desta segunda-feira pela Polícia Federal, em inquérito que apura fraude em processo de execução fiscal da União.
nte: http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2011/04/18/ex-reitor-de-universidade-no-rio-grande-do-sul-indiciado-924275203.asp
Postar um comentário