Duas notas nessa sexta em um jornal de Campos mostram como as relações entre o poder público e a iniciativa privada são absurdas.
A primeira nota (manchete) fala sobre uma ONG, que sempre se imaginou que fosse uma repartição pública: APIC. O jornal fala do abandono da dita devido a falta de repasse de verbas da prefeitura na atual administração. Para quem não sabe, a tal ONG é gerida, formal ou informalmente, pela ex primeira dama (e ex esposa) do deputado federal Viana. O jornal esquece de comentar que uma ONG significa organização NÃO GOVERNAMENTAL, mas que em Campos, essas organizações só conseguem sobreviver com o repasse de verba pública. Em especial, essa ONG, além de verba, recebia da prefeitura funcionários terceirizados e remédios, ou seja: um maná! Se a tal ONG julga que sua obra seja tão importante, que capte recursos junto a iniciativa privada, em especial, entre os empreiteiros que tanto lucraram nas últimas administrações municipais (inclusive na atual).
A primeira nota (manchete) fala sobre uma ONG, que sempre se imaginou que fosse uma repartição pública: APIC. O jornal fala do abandono da dita devido a falta de repasse de verbas da prefeitura na atual administração. Para quem não sabe, a tal ONG é gerida, formal ou informalmente, pela ex primeira dama (e ex esposa) do deputado federal Viana. O jornal esquece de comentar que uma ONG significa organização NÃO GOVERNAMENTAL, mas que em Campos, essas organizações só conseguem sobreviver com o repasse de verba pública. Em especial, essa ONG, além de verba, recebia da prefeitura funcionários terceirizados e remédios, ou seja: um maná! Se a tal ONG julga que sua obra seja tão importante, que capte recursos junto a iniciativa privada, em especial, entre os empreiteiros que tanto lucraram nas últimas administrações municipais (inclusive na atual).
A segunda nota é de fazer chorar quando descobrimos o que é feito com nosso dinheiro! Está na nota: na administração Viana, o mesmo desapropriou o prédio da antiga RFFSA e repassou a uma escola PARTICULAR por um período de 25 anos!!! Agora, o atual governo quer retomar o prédio de volta e os donos (cooperativa) gritam de desespero. É brincadeira! Usar dinheiro público para enriquecer a elite, visto que a tal escola é para alunos de classe média! Sem falar que a prefeitura aluga vários prédios em Campos por não ter onde alocar seus setores (Ex: CCZ e sec. de agricultura alugam da FUNDENOR o prédio e áreas ocupadas na Pecuária).
Essa é a nossa Campos!
2 comentários:
O Colégio Pró-Uni ocupa, desde 1998, o imóvel localizado na Praça 5 de Julho, 60, nesta cidade, por força de regular contrato de locação assinado com a Ferrovia Centro-Atlântica. No ano de 2001, desejando alienar o imóvel, a RFFSA notifica o Colégio para que exercesse, na qualidade de locatário, seu direito de preferência.
Tendente à aquisição do imóvel, o Colégio recebe proposta do Prefeito Municipal, que compareceu pessoalmente em Assembléia da classe, para que renunciasse ao seu direito preferencial, a fim de que o Município adquirisse o bem e, em contrapartida, cederia o uso, pelo prazo de, no mínimo, 25 (vinte e cinco) anos, considerando o próprio fato de se tratar de uma COOPERATIVA DE TRABALHO EDUCACIONAL. Exigiu, ainda, a contraprestação de 50 (cinquenta) bolsas de estudos para alunos carentes do Município.
Aqui somos todos professores, muito longe de ser elite.
Em uma cidade que ostenta um dos piores índices educacionais do estado e do Brasil, que possui um ensino público municipal de sofrível para péssimo, é, no mínimo, estranho que o governo compre um imóvel e repasse para uma escola (cooperativa) particular.
Esse prédio em questão foi mais um dos inúmeros imóveis comprados nos antigos governos passados sem qualquer critério. Se tivéssemos uma câmara de vereadores que desempenhasse o papel de fiscalizadora do executivo, com toda certeza haveria uma CPI para investigar os valores e os beneficiados dessas transações.
Voltando a questão educacional, o governo local possui inúmeras situações onde poderia investir o dinheiro público (ampliação das escolas, criação de novas unidades, capacitação dos professores, ampliar a carga horária etc, etc...) em regiões ou áreas carentes (POBRES), do que ceder um prédio para funcionar uma escola para classe média (pronto: não são elite!).
Só por curiosidade, qual o percentual de alunos carentes dessa escola? Qual percentual de negros em toda escola e quantos % dos bolsistas são negros?
O dinheiro público deve ser revertido para toda população independente de classe, porém, a prioridade absoluta deve ser para os mais carentes. Parece uma coisa tão óbvia, mas aqui em Campos possuímos uma casta altamente dependente do governo municipal. Tudo é prefeitura!
Como dizia um ex candidato a presidência: “Isso tem que acabar!”
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